Aviação da América Latina comprará 2,5 mil aviões até 2034, diz estudo

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A demanda por novas aeronaves de passageiros e de carga na América Latina vai somar encomendas de 2.540 unidades até 2034, segundo estudo Global Market Forecast (GMF) da Airbus, apresentado nesta terça-feira pela fabricante europeia de aeronaves na Fidae, a maior feira da aviação na América Latina, que acontece no Chile de hoje até o próximo domingo.

O valor dessas compras atinge US$ 330 bilhões.

No mundo, a Airbus estima que a demanda por aeronaves vai somar 32,6 mil unidades e um valor de US$ 4,7 trilhões no período.

No estudo anterior, divulgado em novembro de 2014, o Global Market Forecast (GMF) 2014-2033 projetava demanda por aeronaves de 31.358 unidades, no valor de US$ 4,6 trilhões — sendo a fatia da América Latina correspondente a compra de 2.294 aeronaves no período, avaliadas em US$ 292 bilhões.

No levantamento mais recente, a América Latina vai responder por 8% da demanda por aeronaves até 2034.

A líder em aquisições é a região da Ásia-Pacífico, que ficará com 39% dessas encomendas, seguida por Europa, com 20% e América do Norte, com 17%.

Aviação – Demanda na América Latina

A demanda na América latina até 2034 inclui 1.990 aviões de um corredor e 550 de fuselagem larga.

Com esses, a frota de aviões de passageiros operados pelas companhias aéreas da região mais que dobrará, de 1.266 mil unidades hoje, para 2.880 aeronaves nos próximos 20 anos. A Airbus lembra que alguns aviões serão substituídos.

Atualmente, 53% da frota em serviço na América Latina é de aviões Airbus, operados pelas principais companhias aéreas da região.

Apesar da conjutura atual recessiva no Brasil, maior economia da região, o tráfego na América Latina crescerá a uma média de 4,7% ao ano nos próximos 20 anos, em linha com a média mundial de 4,6%.

Entre 2004 e 2014, a demanda pela aviação na região cresceu a uma taxa média anual de 10,9%.

“A expansão das rotas de longo alcance na América Latina é iminente e já vemos as companhias aéreas reagirem a isso ao optar por aeronaves maiores”, disse o presidente da Airbus para América Latina e Caribe, Rafael Alonso.

“Também estamos vendo as principais companhias da região modernizarem as frotas, em busca de ganhos de eficiência mesmo em um ambiente econômico não exatamente favorável”, explicou.

Alonso apontou que até 2034, nove das 91 megacidades do mundo estarão na América Latina.

“Isso também ajuda a fazer da região um mercado emergente líder mundial em aviação”, disse o executivo.

Hoje, as principais empresas aéreas europeias e norte-americanas transportam a maior parte do tráfego de longo alcance de e para a região, com 83% e 75%, respectivamente.

Segundo o estudo da Airbus, os fluxos de tráfego internacional entre América do Sul e Europa Ocidental e entre América do Sul e Estados Unidos deverão estar entre os maiores no mundo até 2034.

Da mesma forma, o mercado intrarregional e doméstico na América Latina também tem um grande potencial de crescimento, já que o tráfego deve quase triplicar nos próximos 20 anos, crescendo a uma taxa média anual de 5,3%.

Segundo a Airbus, apenas 43% das 20 maiores cidades da região estão conectadas por um voo diário, deixando as outras com menos de uma conexão por semana ou sem conexão alguma.

Isso mostra um potencial de demanda a ser atendida.

As operadoras de baixo custo (low cost) da região serão o vetor de expansão.

A participação desse segmento na aviação total latino-americana aumentou de 10%, em 2003, para quase 35%, em 2015, e vai chegar a 40% neste ano.

Antes concentrado exclusivamente no Brasil e no México, o modelo ganha espaço em outros mercados essenciais, como Colômbia e Chile.

Com quase 1 mil aeronaves vendidas e uma lista de encomendas de mais de 400 aeronaves, cerca de 600 aviões Airbus estão em operação na América Latina e Caribe.

Desde 1990, a Airbus conta com 63% das ordens líquidas na região.

Fonte: Valor

 

 

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