Entenda o que Define a Posição da Asa de um Avião

Se você deseja aprender sobre avião está no lugar certo!

Então saiba que as asas de um avião podem ser localizadas embaixo ou acima da fuselagem, fazendo parte do corpo da aeronave.

Mas, como saber a correta definição desta posição?

O fato é que a melhor resposta depende especificamente da finalidade e do projeto do avião.

Cada empresa elabora e projeta modelos que seguem definições de diversos fatores, como local e tipo de operação.

No entanto, deve ter a identificação de qual motor deverá ser usado e onde poderá ser fixado na aeronave.

A maioria dos aviões de carga costumam ter a asa acima do corpo, como por exemplo o belo Embraer C-390 Millennium ou o Antonov An-225 Mriya.

Porém, isto não é regra, e mesmo assim alguns modelos de aeronaves comerciais também são cargueiros, como o avião Boeing 747 ou o McDonnell Douglas DC-10.

Contudo, diversos aviões comerciais de passageiros têm a asa na parte inferior da fuselagem, ou seja, podemos apresentar o modelo de Airbus A320- ou o Boieng 737.

Entretanto, vale lembrar que isso também não se enquadra como regra, pois, já existem modelos de aviões comercias com a asa alta, e um exemplo é avião ATR-72, da qual opera voos no Brasil pela Companhia Azul Linhas Aéreas.

Quais são os Tipos de Asas de Avião?

Os comissários de voo, aeromoças ou pilotos devem estudar sobre os conceitos das aeronaves.

Então você deve saber que os principais tipos de asas de avião são definidas por 5 tipos, sendo a asa baixa, a média, a alta e, em outras situações o para-sol, dentre outros.

Acompanhe a seguir algumas características e exemplos de cada um dos tipos de asas de aeronaves:

1 – Asa Baixa

Aviões da família do Airbus A320 possuem a asa baixa e são encontrados com frequência nos aeroportos brasileiros Imagem: Divulgação/Airbus.

A asa baixa do avião fica alinhada com a parte inferior do corpo dos aviões.

Este tipo de asa aérea é mais encontrado em jatos, sendo mais comuns em aviões de empresas aéreas brasileiras e nos aviões executivos (aviação executiva).

Portanto, caso o motor seja fixado embaixo da asa, o trem de pouso precisará ser mais alto, para assim garantir uma distância segura da pista do aeroporto.

No entanto, é necessário que esses aviões operem em aeroportos que disponibilizem uma infraestrutura diferenciada, da qual tenha capacidade para alcançar a porta da aeronave, como pontes de embarque ou escadas.

No setor da aviação executiva, será possível encontrar diversos aviões de asa baixa com os motores na parte traseira da fuselagem. Esta posição permite que o corpo do avião fique direcionada em uma altura menor em relação a pista de decolagem, tornando mais prático o embarque e desembarque dos passageiros e tripulantes.

Exemplos: Boeing 737, Airbus A-320 e Embraer Phenom 300.

2 – Asa Média

Avião de patrulha marítima Lockheed P-2 Neptune da FAB, que foi utilizado na busca a submarinos inimigos Imagem: Divulgação/Força Aérea Brasileira.

Este modelo de asa média é utilizada em aviões que precisam fazer curvas mais rápidas, como por exemplo os acrobáticos.

Sua localização é no meio da fuselagem, entre o topo e a parte de baixo.

Ocorre a necessidade de haver maior reforço no meio da estrutura do avião para ser suportada, por isso é pouco usada.

Afinal de contas, este modelo de asa de aeronave ocupa mais espaço interno e aumenta o peso total do avião.

Exemplos: O jato executivo IAI Westwind, e o avião de patrulha Lockheed P-2 Neptune.

3 – Asa Alta

Aviões com asa alta são facilmente encontrados em grandes cargueiros, como o Embraer C-390 Millennium Imagem: Divulgação/Embraer.

A asa alta localiza-se no topo da fuselagem, e encontra-se em aviões mais lentos.

Um exemplo típico é os aviões cargueiros e grande parte dos modelos de treinamentos, sendo considerado como aviação geral.

Portanto, ocorre o aumento da capacidade relativa que o avião pode transportar, facilitando assim o carregamento e descarregamento.

Este modelo permite a utilização de motores maiores em aeronaves com trem de pouso mais baixo, adotando como exemplo o ATR-72, da qual tem hélices com quase 4 metros de diâmetro.

Uma diferença é apresentada na sua aplicação quando o motor está na própria asa, pois, ocorre o aumento da distância em relação ao solo.

Por conta disso é evitado detritos, como pedras e sujeiras, sejam sugados para dentro dos motores do avião, permitindo que as aeronaves operem em pistas não pavimentadas.

No entanto, é encontrada também em vários modelos anfíbios, da qual não poderiam ter motores próximos à água.

Exemplos: os cargueiros Embraer C-390 Millenium e o C-130 Hércules, operados pela FAB, e os modelos comerciais Cessna C208 Grand Caravan, da Azul Conecta, e ATR-72, operado pela Azul e Voepass.

4 – Asa Para-Sol

Avião anfíbio Catalina que foi usado para realizar patrulha marítima pela Aeronáutica do Brasil Imagem: Divulgação/Força Aérea Brasileira.

Você deve saber que esta asa de avião é pouco encontrada nas aeronaves recentes.

Seu modelo de asa é fixada acima do corpo do avião, da qual deve-se haver vários reforços na estrutura, e isso pode resultar no aumento do peso total da aeronave.

Exemplos: Consolidated PBY Catalina.

5 – Avião com Mais de Uma Asa

Aviões podem ter mais de uma asa, como o Fokker Dr. I, o avião do Barão Vermelho Imagem: Reprodução.

Se você pretende ser aeromoça, piloto ou comissário, com certeza deve saber que existem aviões que possuem mais de uma asa.

Neste caso são chamados de biplanos e triplanos, onde são considerados aviões que têm asa baixa e outra alta (ou para-sol).

Saiba que uns dos modelos de exemplo é o Fokker Dr.I.

Lembrando que este avião foi usado pelo piloto de caça alemão Manfred Von Richthofen, durando a Primeira Guerra Mundial.

Fontes: Thiago Brenner, professor da Escola Politécnica da PUC-RS, e Regers Vidor, engenheiro-mecânico aeronáutico e professor da Universidade Tuiuti do Paraná.